Mesmo após o resgate de 163 trabalhadores chineses em condições análogas à escravidão no canteiro de obras da futura fábrica em Camaçari (BA), a BYD confirmou nesta 5ª feira (16.jan.2025) que o cronograma de produção de veículos para 2025 está mantido. A montadora contratou uma construtora brasileira para finalizar o projeto. A nova empresa, que substituirá a chinesa Jinjiang — responsável pela contratação dos trabalhadores resgatados —, será responsável pelos ajustes necessários para que o MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) libere as áreas embargadas. O nome da construtora e o plano de e o plano de ação serão divulgados nos próximos dias, segundo a montadora.
Em comunicado divulgado nesta 5ª feira, a BYD apresentou um pacote de medidas para atender às exigências do MPT (Ministério Público do Trabalho). Informou que, atualmente, todos os trabalhadores estrangeiros resgatados estão hospedados em hotéis. Para os que permanecerem no Brasil, novas moradias estão sendo selecionadas e deverão atender integralmente às normas brasileiras. Além disso, a montadora diz que ajustou a estrutura de alimentação nos canteiros de obras. Agora, todos os trabalhadores das construtoras contratadas fazem suas refeições no refeitório já utilizado pelos colaboradores da
A BYD disse ter recebido notificação do Ministério Público do Trabalho de que a construtora terceirizada Jinjiang “havia cometido graves irregularidades” e, então, rescindiu o contrato com a Jinjiang Group –uma das empreiteiras contratadas para realizar a obra. Eis a íntegra da nota da BYD (PDF – 60 kB). “A BYD reafirma que não tolera desrespeito à lei brasileira e à dignidade humana. Diante disso, a companhia decidiu encerrar imediatamente o contrato com a empreiteira para a realização de parte da obra na fábrica de Camaçari e estuda outras medidas cabíveis”, escreveu a montadora.
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