As eleição de Vitória da Conquista ainda está nos tribuinais. Mesmo depois da sentença do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que avaliou a legitimidade da candidatura de Sheila Lemos para a disputa pela prefeitura de Vitória da Conquista, em novembro daquele ano, um novo julgamento ocorrerá na próxima terça-feira (18), às 19h, para decidir os próximos passos do processo.
Após a decisão do ministro André Ramos Tavares, em 19 de novembro de 2024, a candidatura de Sheila Lemos foi ratificada, validando os resultados das eleições e confirmando-a como prefeita de Vitória da Conquista para o período de 2025 a 2028. Contudo, recursos foram apresentados pelos outros candidatos que participaram da disputa eleitoral em outubro de 2024.
O candidato Marcos Adriano (Avante), junto com a coligação formada por Waldenor Pereira (PT), que inclui o PT, PCdoB, PV e outros partidos, questionaram a decisão do ministro André Ramos Tavares, considerando-a “individual” e solicitando que o caso seja reavaliado pelo plenário do TSE.
Conforme informações divulgadas pelos jornalistas Daniel Silva e Antônio Sena, os principais argumentos para a revisão do caso são os seguintes: Marcos Adriano, do Avante, defende que a decisão monocrática do ministro vai contra precedentes do TSE e comprometeu a alternância de poder e a igualdade eleitoral. Ele argumenta que as condições que levaram à inelegibilidade de Sheila Lemos no TRE-BA não foram alteradas, justificando a permanência da inelegibilidade.
Por sua vez, a coligação “A Força para Mudar Conquista” baseia seu questionamento no fato de que Irma Lemos, mesmo que temporariamente, exerceu funções administrativas na prefeitura, o que, para os opositores, demonstra a continuidade do poder familiar. Eles alegam que isso infringe o princípio constitucional da renovação política e impede a possibilidade de outros grupos assumirem o governo.
O julgamento de terça-feira poderá traçar o futuro político de Vitória da Conquista, com duas possibilidades claras: a confirmação da decisão anterior, mantendo a candidatura e vitória de Sheila Lemos nas eleições de 2024, ou a anulação da decisão, que indicaria a inelegibilidade da prefeita e convocaria novas eleições municipais para definir o próximo gestor da Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista (PMVC).
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