O Papa Francisco, de 88 anos, segue hospitalizado em estado crítico devido a uma pneumonia bilateral. O Vaticano divulgou nesta segunda-feira (24) que ele teve uma noite tranquila e continua em recuperação, embora a preocupação com sua saúde seja crescente. Segundo um boletim médico, o pontífice “dormiu bem e está descansando”, enquanto permanece sob cuidados médicos intensivos.
Ainda em estado crítico, Francisco segue recebendo oxigênio de alto fluxo, com o quadro clínico exigindo cautela. A complexidade do estado de saúde e o tempo necessário para a resposta dos tratamentos obrigam os médicos a manterem um prognóstico reservado, conforme as últimas informações divulgadas pelo hospital.
Apesar de melhorias no quadro de anemia e a estabilidade das plaquetas no sangue, graças a transfusões realizadas no fim de semana, os médicos destacam que alguns exames indicam um início de insuficiência renal, embora sob controle. A situação se agravou no sábado, com um quadro de asma severa e problemas hematológicos, que exigiram transfusão de sangue.
A médica Abele Donati, responsável pela unidade de terapia intensiva do hospital, alertou para o risco de uma possível sepse, dado que a insuficiência renal pode ser um sinal de infecção. O virologista Fabrizio Pregliasco, em entrevista ao jornal La Stampa, ressaltou que o tratamento antibiótico será crucial para evitar complicações graves.
Desde que o pontífice foi internado em 14 de fevereiro, milhares de fiéis e líderes de várias partes do mundo, especialmente da América Latina, têm se unido em orações pela sua saúde. A imagem do papa sozinho na Praça de São Pedro durante a pandemia de covid-19 foi compartilhada amplamente nas redes sociais como um símbolo de apoio.
A hospitalização de Francisco, que já enfrenta problemas de saúde desde 2021, incluindo cirurgias e dificuldades de mobilidade, reacendeu discussões sobre sua capacidade de continuar à frente da Igreja Católica. Embora o direito canônico não preveja regras claras para casos como este, o estado de saúde do papa alimenta especulações sobre sua possível renúncia, especialmente entre setores conservadores.
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