Em uma conversa exclusiva com o Pleno.News, realizada na sexta-feira (14), na sede da Editora Central Gospel, localizada na Zona Oeste do Rio de Janeiro, o pastor Silas Malafaia não hesitou em expressar suas opiniões contundentes sobre diversos temas políticos. Ele abordou desde as falhas do governo atual, liderado por Lula (PT), até a atuação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, destacando a falta de posicionamento dos demais integrantes da Corte.
Malafaia também teceu críticas ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, e comentou sobre as condenações relacionadas aos eventos de 8 de janeiro, defendendo a anistia para os envolvidos. O líder religioso convocou a população a se manifestar no domingo, às 10h, na praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio, em apoio à causa.
– Para mim, esse governo já está encerrado! Está tudo tão complicado que planejam gastar R$ 3,5 bilhões em publicidade. Mas propaganda não alimenta ninguém. Pode ser a campanha mais elaborada, mas, na prática, o povo sente no bolso. Antes, 30 ovos custavam R$ 10; hoje, um único ovo já chega a R$ 1. O café, que antes saía por R$ 40, e o arroz, que custava R$ 35 por cinco quilos, são exemplos de como a situação está insustentável. Esse governo já acabou, só falta alguém avisar.
Malafaia ainda revelou que, segundo suas fontes, alguns ministros não mantêm contato com o presidente Lula há cerca de cem dias. Sobre a permanência de Alexandre de Moraes no STF, ele foi direto:
– Ele só continua nessa posição porque tem apoio de figuras influentes no STF. Caso contrário, não teria liberdade para agir como tem agido. Além disso, o Senado está repleto de pessoas fracas e corruptas, que preferem se beneficiar do governo em vez de tomar uma atitude firme. Se houvesse coragem, já teriam iniciado um processo de impeachment.
Questionado sobre o silêncio dos outros ministros do STF diante das ações de Moraes, Malafaia expressou perplexidade:
– Não sei se é medo, omissão ou covardia. Nunca vimos algo assim antes. Lembro dos debates acalorados entre Lewandowski, Joaquim Barbosa, Barroso e Gilmar Mendes. Havia confrontos, divergências. Agora, uma unanimidade na Corte? Isso é, no mínimo, estranho.
Sobre a possível interferência política de um ministro do STF, que teria incentivado ex-governadores a concorrerem ao Senado em 2026 para enfraquecer a direita, Malafaia foi enfático:
– O que temos hoje não é um Supremo Tribunal Federal, mas um Supremo Tribunal Político. Eles estão preocupados porque, se Bolsonaro eleger 30 senadores, o equilíbrio de poder mudará completamente.
Por fim, ao comentar as prisões dos manifestantes de 8 de janeiro, o pastor classificou as ações como uma “perseguição política vergonhosa” e prometeu um discurso contundente durante o evento em Copacabana.
– A anistia é necessária para aqueles que foram presos sem provas concretas de crimes graves. Isso é um absurdo, uma perseguição descarada. No domingo, não vou me segurar. Farei um dos discursos mais duros da minha vida sobre tudo o que está ocorrendo. Não será fácil para ninguém ouvir.
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