Você sabia que existem empresas especializadas na coleta e comercialização de dados pessoais? Esses profissionais, conhecidos como data brokers, têm a função de reunir informações sobre indivíduos, organizá-las e vendê-las a outras empresas para fins diversos. Se você ainda não conhece esse fenômeno, continue lendo para entender como ele funciona e quais são as implicações.
O que são os corretores de dados?
Os data brokers são empresas ou indivíduos que se dedicam a coletar dados pessoais de várias fontes, organizá-los e revender essas informações para outras entidades. Elas ajudam, por exemplo, a atrair consumidores para realizar compras ou interagir com determinados produtos e serviços. Embora essa prática seja controversa, ela é legal e amplamente aceita no mercado.
Qual a finalidade dessa prática?
O principal objetivo dos data brokers é fornecer dados que permitem às empresas realizar campanhas publicitárias mais direcionadas. Isso é possível porque essas entidades analisam o comportamento online dos indivíduos, como os produtos que estão pesquisando ou os sites que visitam, para entender suas preferências.
Esses dados são então vendidos para plataformas de publicidade, como o Google e o Facebook, permitindo que os anunciantes atinjam um público específico, aumentando as chances de conversão e, consequentemente, o retorno sobre o investimento em suas campanhas.
Como os dados são recolhidos?
A maneira como os data brokers coletam informações varia de acordo com cada empresa. Enquanto algumas utilizam métodos éticos, outras podem violar a privacidade dos internautas.
Entre as técnicas mais comuns, destacam-se o uso de cookies, que identificam os usuários enquanto navegam na internet e monitoram seus interesses. Outra abordagem envolve o uso de SDKs (kits de desenvolvimento de software), que inserem rastreadores em aplicativos móveis. Esses rastreadores coletam dados sobre o dispositivo utilizado, sites acessados e até mesmo aplicativos instalados.
O grande risco, no entanto, é que esses dados podem ser vazados ou mal utilizados, expondo as pessoas a possíveis danos.
Como se proteger dessa prática?
A legislação de proteção de dados pessoais, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil, o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR) na União Europeia e a Lei de Privacidade do Consumidor da Califórnia (CCPA), permite que os cidadãos solicitem às empresas que não vendam suas informações.
Além disso, uma boa forma de se proteger é sempre ler as políticas de privacidade dos serviços que você utiliza. É importante verificar se há menções sobre o compartilhamento de dados com terceiros. Outra recomendação é ficar atento às permissões exigidas por aplicativos antes de instalá-los, especialmente quando solicitam acesso a informações sensíveis como contatos, fotos ou localizações. No caso da navegação online, aceite cookies apenas quando necessário, evitando expor seus dados desnecessariamente.
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